Vejo que com as mudanças da rotina familiar e dos avanços tecnológicos, o brincar não está sendo mais valorizado como antes. As brincadeiras e os brinquedos foram substituídos por outras atividades consideradas mais importantes como: estudar outras línguas e praticar outras atividades físicas ou até estudar e viver de maneira racional, tendo a ideia do lúdico e as brincadeiras como um hobby.
Além disso, eu percebo é que o brincar é considerada uma atividade atrasada e inadequada para o amadurecimento e desenvolvimento da pessoa. Por isso, o brincar acaba sendo esquecido.
Por conta disso, as pessoas não colocam um espaço para o lúdico, importando-se apenas com o racional, pensando que apenas a aprendizagem e o desenvolvimento humano só acontecem de maneira objetiva e centrada. Entretanto, o que talvez as pessoas não saibam é que o brincar pode ser uma atividade bastante aproveitável para o desenvolvimento, amadurecimento e, inclusive, para a aprendizagem.
O brincar é um meio natural da pessoa se expressar, conseguindo explorar seus sentimentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas e seus sentimentos. Essa experiência do brincar dá a possibilidade da pessoa testar e perceber seus sentidos, ações, sentimentos, reações e relações com os outros. Com isso, a pessoa irá se conhecer melhor e aprenderá a ter controle das suas ações e desejos. Assim, ajudará no limite e na aprendizagem.
Dessa forma, o brincar não necessariamente precisa ser apenas com brinquedos e jogos. O brincar pode ser levado das brincadeiras mais comuns, brincadeiras mais tecnológicas como celulares e aparelhos eletrônicos e até levar o brincar na rotina escolar.
Existem escolas que usam métodos em que o brincar faz parte da rotina escolar, acreditando no brincar como uma pratica renovadora e adequada para o desenvolvimento e aprendizagem de seus alunos, não se esquecendo do compromisso que a escola tem socialmente com a educação.
Dito isso, o brincar é valido se for levado a serio, sempre tomando cuidado para não usá-lo como uma ferramenta para substituir o cuidado e a relação com os outros. Percebo pais usando jogos, brinquedos e até aparelhos eletrônicos para distrair seus filhos para conseguir fazer suas tarefas rotineiras. Isso explica o pensamento de muitas pessoas ao ver o brincar como uma pratica infantil e imatura.
Por isso pode-se afirmar que é essencial à participação no brincar com seus filhos e, inclusive, quando se fala de aparelhos eletrônicos, sempre se envolvendo e tendo tempo dedicado apenas para brincar e se relacionar com seu filho. Assim, eu coloco que o brincar não necessariamente é uma prática infantil, podendo ser uma ação agradável e praticada por todas as gerações.
Então, o brincar é importante e favorável para as pessoas. Contudo, é recomendável ter o equilíbrio do lúdico com o racional, deixando as brincadeiras e o uso de acessórios eletrônicos livres, lembrando sempre das responsabilidades e dos compromissos que tem como pais, filhos e educadores.