Eu costumo dizer que foi a ACP que me escolheu e não eu que escolhi essa abordagem. Afirmo que ela sempre esteve em minha vida, uma vez que precisei sempre de aceitação, empatia e autenticidade para enfrentar os obstáculos dos preconceitos e desafios em superar as minhas limitações. Desde quando fui diagnosticada, em nenhum momento fiz testes e laudos psicológicos para comprovar as minhas limitações e ter respostas para compreender a importância das estimulações para o meu desenvolvimento motor, físico e mental.
Quando comecei minhas terapias, os profissionais que me acolheram não eram especializados especificamente nas minhas limitações, tratando-me como uma pessoa que precisava ser melhorada nas suas características e ter suas potencialidades fortalecidas. Foram profissionais que tratavam minhas limitações de maneira tão simples que eu me envolvia nas terapias e atividades de maneira proveitosa. Claro que no começo não era fácil, mas com a simplicidade e carinho deles, não foi difícil adorar frequentar e estar com eles.
Isto é, eu cresci e aprendi a aceitar e respeitar meus limites e conquistas e, com isso, também, não faz sentido para mim se basear em testes e técnicas específicas para compreender a pessoa. Afinal, para compreender a pessoa é preciso olhar para suas individualidades e não para os sintomas e padronizações comportamentais e sentimentais.
Foi com essa crença que me fez não me identificar com outras abordagens. As suas teorias, técnicas, termos e procedimentos não faziam sentido para mim, já que minha história não me foi apresentada com testes, métodos específicos e classificações.
Quando conheci ACP, no último ano da faculdade, além de fazer sentido e me identificar com esta abordagem, vi a possibilidade de ajudar a pessoa a se desenvolver sem padronizações de sintomas e características específicas, como foi no meu caso.