Quando os filhos apresentam características e atitudes diferentes das que seus pais esperavam, surge uma insegurança e ansiedade. Assim, começam a procurar respostas e explicações rápidas na tentativa de esclarecimentos. Os pais ficam com receio que essas características possam prejudicar seus desenvolvimentos, crescimento e até nas suas relações interpessoais.
Com isso, os sintomas e diagnósticos começam a sobressair e, consequentemente, a classificação e comparações ficam mais valorizadas do que as individualidades de cada pessoa, mesmo nas crianças. Isso poderá gerar desconforto familiar, principalmente para os filhos, a ponto de desanimarem-se e desvalorizarem-se.
Isto é, os filhos podem se sentir inseguros ao ver que seus pais estão insatisfeitos com seus desempenhos e começarão a não confiar neles para contar suas angústias e sentimentos. Por outro lado, os pais sempre estarão se cobrando, frustrando-se por acharem que não são os pais que esperavam ser.
Desta forma, mesmo quando alguma criança apresentar alguma característica parecida com a de outra, é importante e necessário que os pais compreendam que cada um tem suas individualidades e identidade, mesmo quando for da mesma família.
Ou seja, o ritmo de desenvolvimento, crescimento e aprendizagem são individuais e diferentes para cada ser humano, especialmente na fase infantil. Isso não significa que a criança será melhor ou pior que a outra. Por isso, vale ressaltar que não existe necessidade de comparações entre as pessoas, pais e filhos sendo todos diferentes uns dos outros.
Por isso, ser diferente e ter suas individualidades são essenciais, pois é pela diferença que a pessoa se torna crítica pelas diversas opiniões e princípios, criando sempre experiências novas. Por sua vez, aprende com o outro o que talvez fosse uma dificuldade para ele.
Enfim, cabe a cada um valorizar o seu jeito de ser, inclusive entre pais e filhos. Consequentemente, pelas diferenças e trocas de experiências, o bom relacionamento familiar acontecerá naturalmente.