DÚVIDAS DA PSICOTERAPIA INFANTIL NA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA

Percebo que existem dúvidas e equívocos quando os familiares procuram psicoterapia para a criança. Talvez não estejam esclarecidos com a abordagem em si, uma vez que não acham sentido a criança ser cuidada sem uma teoria específica para encontrar soluções para suas angústias diante da queixa trazida.

Assim, a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) é uma abordagem que se diferencia por não haver testes e técnicas, sendo centrada nas particularidades da criança e não nos seus sintomas e diagnósticos.

Através de critérios facilitadores (empatia, aceitação e congruência), o psicólogo proporciona um ambiente que possibilita a criança condições de explorar seus sentimentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas, facilitando a criança se autoconhecer e lidar com suas necessidades, respeitando as individualidades de cada um.

Normalmente, o brincar é um meio que a criança escolhe para se expressar,  libertar e controlar o que lhe incomoda, facilitando-a ter possibilidades para se perceber, desenvolver e madurecer.

Com adolescentes o cuidado psicológico pode ser também pelo brincar, da mesma forma que com crianças pode ser pela conversa. Quem decide o caminho dos encontros é a criança/adolescente e o psicólogo apenas aceita e respeita as suas escolhas, já que as necessidades de cada pessoa são diferentes.

Na psicoterapia online infantil/adolescente é a mesma relação com o psicólogo.  Mesmo distante, os critérios facilitadores possibilitam a criança decidir o caminho dos encontros e o psicólogo apenas aceita e respeita sua escolha. Por isso, a criança é livre para mostrar seu melhor jeito de estar na relação.

Deste modo, a Abordagem Centrada na Pessoa é eficaz na psicoterapia infantil, da mesma forma que outras abordagens de diversos aspectos já conhecidos. Também, a ACP vai além da psicoterapia, uma vez que a todo momento estamos nos relacionando com pessoas diferentes, precisando que cada relacionamento seja centrado nas individualidades de cada pessoa para ter uma convivência e união entre todos com empatia, aceitação e congruência.